domingo, 10 de abril de 2011

A BARBÁRIE

A sociedade está doente. É uma doença que acomete a alma, o espírito. O acontecimento no Rio de Janeiro é mais um dos avisos que recebemos para refletir e agir positivamente na busca de uma cultura de paz e não-violência.
Publicamos abaixo trechos de reportagens do jornal O POVO e Diário do Nordeste, que tratam de como algumas unidades de ensino em Fortaleza abordaram o tema. 
Na nossa escola alguns educadores também deram sua opinião. Confira.
Quando a professora de Português Helena Matos decidiu falar em sala de aula sobre a tragédia que vitimou alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro, não imaginava a reação dos alunos. “Eles tinham todas as informações. Procuraram na Internet, acompanharam as notícias nos jornais, tinham informações que eu não tinha”, afirmou, descrevendo a comoção da turma no Colégio Renato Braga, na Aldeota.
Segundo ela, os próprios alunos mostraram-se conscientes da importância da tolerância e do respeito pela própria vida e pela do outro. “Eles sabem que foi um caso isolado, mas disseram que a escola poderia ser mais protegida”, cita. O ataque repercutiu em escolas de Fortaleza, gerando espanto, comoção e inquietação nos estudantes.
Nos corredores da Escola Estadual Justiniano de Serpa, no Centro, a tragédia foi tema de vários comentários. “Alguns alunos citaram o bullying. Eles acham que deve ter acontecido alguma coisa (com o atirador) antes de se formar todo aquele ódio que resultou na tragédia”, diz a coordenadora de área Ana Paula Menezes. De acordo com ela, em nenhum momento, os alunos fizeram alarde. Houve, sim, uma comoção, uma tristeza.

Alguns professores da Escola Estadual Adauto Bezerra, no Bairro de Fátima, iniciaram a aula com um momento de reflexão. “Os alunos perguntavam as razões que levam nossa sociedade a estar doente”, aponta o professor de Geografia, Henrique Gomes, que pretende discutir o zelo pela vida em grupos de estudo. No dia do ataque, ele chegou a receber telefonema de um aluno à noite, que havia ficado muito comovido com as notícias. Na opinião dele, esta é uma reflexão muito contemporânea e, por isso, é importante promover um debate para criar espaços de socialização e estreitar as relações entre as pessoas, entre família e escola e entre família e Igreja, por exemplo.
“Isso aconteceu na escola, mas poderia ter acontecido em qualquer lugar. Não podemos sectarizar. O problema é social, não é só da escola pública”, adverte.

Sem fugir da conversa
Na escola particular Dáulia Bringel, na Cidade dos Funcionários, o dia se iniciou de um jeito atípico. “Parte dos alunos está fazendo prova, não interagimos muito. Mas nós (coordenadores) passamos por todas as salas e nos mostramos sensíveis ao que aconteceu”, disse o coordenador Evandro Meneses. Ele conta que alguns pais chegaram a ligar para a escola, questionando se seria possível acontecer numa escola particular.
“Não podemos pensar numa instituição educacional com detectores de metais. Enquanto escola, estamos lutando para educar, para mudar (o problema da violência). Essa não é a sociedade que queremos”, disse. Mas ele considera que as escolas devem fazer o controle dos visitantes e observar potencialidades negativas na segurança para corrigir.
Como


Há 13 anos, o professor Paulo Santos leciona na Escola Adauto Bezerra. Ele garante que a segurança dentro do prédio é boa. Porém, faz uma ressalva: "quando a gente ultrapassa o portão, o perigo é iminente. Na semana passada, um aluno nosso foi assaltado e lhe levaram o celular. É preciso que a vigilância aconteça também nas imediações dos colégios".
É Deveras lamentável o que aconteceu no Rio de Janeiro. O ser humano definitivamente banalizou a vida". Paulo Santos, Professor, 59 ANOS.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pesquisar neste Blog